
Um teste de ADN autossómico é a medida dos seus cromossomas autossómicos. Todos (com raras exceções) nascem com um conjunto de 23 pares de cromossomas. Logo, herdamos metade do ADN da nossa mãe e a outra metade de nosso pai.
Dois desses pares são geralmente cromossomas sexuais (XX nas mulheres e XY nos homens) e os 22 pares restantes de cromossomas são autossómicos. Note-se que, um teste de ADN autossómico de ancestralidade é rico em informações que pode determinar a sua ancestralidade étnica.
A título de curiosidade o teste de ancestralidade pode analisar mais a fundo os seus parentes do que qualquer outro. Por essa razão, os testes de DNA autossómicos são úteis para localizar parentes, como por exemplo primos distantes até à 10ª geração e podem retroceder até 7ª ou mais gerações.
Este artigo começa com a explicação do que é o ADN autossómico e explica como a Código ADN pode ajudá-lo com mais precisão a estabelecer o caminho certo para aferir as relações biológicas com mais acuidade.
O que é um teste de ADN autossómico?

Análise dos autossomas, no teste de ADN autossómico. Wikipedia. CC-Attribution 4.0 International.
Os nossos cromossomas são normalmente classificados em dois tipos: cromossomas sexuais e cromossomas autossómicos:
Os cromossomas sexuais são compostos pelos cromossomas X e Y, e os humanos geralmente têm dois cromossomas X ou um cromossoma X e Y.
- (X,X) – quando se trata de pessoas do sexo feminino;
- (X,Y) – quando se trata de pessoa do sexo masculino;
Já os cromossomas autossómicos constituem os outros 22 pares e contêm cerca de 20.000 genes. Esta é a parte que os testes de ADN autossómicos descodificam e analisam.
Curiosamente, 99.9% dessas informações são idênticas em todos os seres humanos. São as pequenas variações que determinam as suas características e composição genética, incluindo aquelas que herda.
Autossómico dominante vs autossómico recessivo
Teste de ADN autossómico
Vamos analisar rapidamente os tipos de autossomas para entender melhor como os testes funcionam.
Dentro dos 22 autossomas há duas categorias de genes ou condições que são transmitidas dos pais para os filhos. Estes são autossómicos dominantes e autossómicos recessivos.
Autossómico dominante
Se uma determinada condição (um traço ou doença) é dominante, o filho só precisa de um gene de um dos pais para ter o traço ou condição.
Aqui estão dois padrões de herança:
- Tem a presença da característica ou condição se herdar o gene apenas de um de seus pais.
- Por sua vez, não tem característica ou condição se ambos os seus pais transmitirem um gene não afetado.
Por herança direta: Para que uma condição autossómica dominante se manifeste, só precisa herdá-la de um dos seus pais.
Mutação genética: Além disso, pode ter presente uma doença autossómica dominante, mesmo que nenhum de seus pais a tenha, quando ocorre uma mutação na altura da fecundação.
Alguns distúrbios autossómicos dominantes comuns incluem a síndrome de Marfan e a doença de Huntington.
Autossómico recessivo
Um traço ou condição autossómica recessiva só se manifestará se herdar de ambos os pais.
Uma doença autossómica recessiva muito comum é a fibrose cística. Isto significa que precisa que ambos os seus pais transmitam esta doença para si.
Se herdar de um dos seus pais um gene afetado, mas o outro gene herdado não está afetado, não verá a condição a ser manifestada. Contudo, ainda carrega este gene, e, portanto, será apenas um portador. Quando tiver filhos, pode transmitir este gene «afetado», que traz consigo, para eles.
Existem três formas pelas quais um traço ou condição autossómica recessiva pode acontecer:
- Herda um gene afetado de um dos pais, mas não do outro. Então, não tem essa condição, mas é portador.
- Não herda nenhum gene afetado de nenhum de seus pais. Logo, não tem a condição, nem é portador.
- Herda um gene afetado de ambos os pais. Então manifestará o traço ou a condição.
resumindo a informação anterior,
No ADN autossómico dominante, basta herdar um gene de um dos pais ou ocorrer uma mutação para apresentar a característica ou condição.
Por outro lado, no ADN autossómico recessivo, terá que herdar de ambos os seus pais o gene alterado para que a característica ou condição se manifeste.
Teste de ADN autossómico: como funciona?
O teste de ADN autossómico testa 22 pares de autossomas e pode com esta análise determinar quem são seus parentes e até mesmo retroceder várias gerações, como, determinar sua ancestralidade.

O teste de ADN autossómico pode ser usado para determinar predisposições e encontrar parentes.pixbay. PublicDomainPictures.
O processo
O primeiro passo para um teste de ADN autossómico é fornecer uma amostra de ADN.
A amostra pode tomar diversas formas pode ser saliva, zaragatoa «cotonete» com um esfreganço na bochecha ou sangue.
Após a colheita é feito o envio para um laboratório que irá sequenciar seu ADN e fornecer os resultados do ADN autossómico do teste genético.
Uma vez este processo concluído, os geneticistas irão analisar os resultados do teste de ADN autossómico por meio de um navegador de cromossomas e compará-los com os resultados de outros testes ou com a literatura científica.
Nesta fase pode ser importante o tamanho das bases de dados das empresas de testes genéticos. Isto é verdade principalmente nos testes de ancestralidade.
Após o seu ADN extraído, os cientistas agora podem consultar um livro aberto, encontrando posições ou marcadores importantes.
Quanto mais próximas biologicamente duas pessoas são, mais semelhantes serão esses marcadores.
O ADN autossómico dá muito mais informações genéticas do que o cromossoma Y ou o teste de ADN mitocondrial (testes de mtDNA) porque há muito mais informações a serem encontradas em todos os 22 cromossomas autossómicos.
Quão preciso é o teste de ADN autossómico?
Este tipo de teste é muito preciso para confirmar relacionamentos pai / filho e relacionamentos até um primo de segundo grau.
Também pode ajudar a identificar e encontrar a maioria de seus primos de terceiro grau.
Encontrar mais do que isso exigiria informações genealógicas e algum contexto adicional.
Para poder encontrar parentes mais distantes, é necessário testar mais parentes para comparar quanto ADN é compartilhado dentro da família.
Por exemplo, se deseja confirmar uma conexão com um primo em quinto grau, pode ser necessário testar 20 ou mais primos em primeiro e segundo grau para ver quanto ADN existe em comum e compartilham com um primo.
A principal questão nestes testes além de encontrar as pessoas certas e disponíveis para participar na investigação são os preços proibitivos que podem alcançar devido à quantidade de exames de ADN que são necessários realizar.
Conclusão
O teste de ADN autossómico é um teste muito completo. Pode inclusive encontrar familiares que provavelmente nem suspeita que existam e obter pistas sobre gerações anteriores.
Existem empresas focadas apenas na área da genealogia a partir do ADN.
Certamente existem perigos em construir bases de dados genéticas e ser um contribuidor ativo dessa base de dados, contudo, a escolha é de cada participante.
Excluindo os testes de ancestralidade, todos os outros testes em que são executadas comparações diretas entre familiares, como irmãos, paternidades ou até mesmo primos em primeiro grau, nunca é construída nenhuma base de dados.
Além da precisão destes exames, pode estar tranquilo que o seu ADN não estará presente em base de dados.