Qual a melhor amostra para a realização do teste de ADN ou teste de paternidade? Sangue ou a Saliva?

resumo.

Por vezes a escolha do tipo de amostra a utilizar, pode ser uma «dor de cabeça», para quem decide recolher toda a informação online.

Existem várias opiniões e muitas destas contraditórias.

Este artigo visa responder a algumas questões básicas sobre qual a melhor amostra para um teste de paternidade.

Existem várias questões que vão sendo levantadas no decorrer da pesquisa por esta informação, como:

Qual a amostra de ADN mais fiável, saliva ou sangue? Os laboratórios usam mesmo saliva? Pode uma pessoa utilizar saliva e outra sangue? As amostras têm de ser iguais? afinal o que é que o laboratório vai comparar, são as amostras de saliva?

Os dois métodos mais populares para a colheita de ADN em laboratórios são amostras de sangue e/ou células da boca. O teste de ADN resulta da extração de células ricas em ADN através de zaragatoas ou amostras de sangue, logo a amostra é a mesma, apenas há diferenças na forma como as duas amostras são processadas.

Independentemente do material biológico que se obtém «sangue, saliva, raiz de um cabelo, osso, dente etc…» no final, o laboratório terá que efetuar um processamento à amostra e obter ADN, é esse ADN obtido da amostra que é utilizado para a realização do teste de paternidade.

 

Ambos os métodos células da boca ou sangue têm vantagens e desvantagens.

Nenhum dos dois é mais preciso do que o outro, então, em última análise, conta a sua preferência ou da capacidade do laboratório de poder acolher as suas preferências.

A conveniência e o conforto de uma zaragatoa bucal claramente tornam esta colheita a favorita para testes de paternidade de ADN. No artigo abaixo vamos explorar as diferenças entre as suas amostras.

 

Qual a melhor amostra para um teste de paternidade sangue ou saliva?

As pessoas que contribuem/ participam com amostras de ADN na realização do teste de paternidade ou de imigração geralmente seguem os procedimentos normais dos centros de colheita de ADN, que geralmente usam zaragatoas. Na verdade, existem vários métodos diferentes para colher o ADN da sua boca:

 

Amostra de saliva «células da boca», para testes de ADN e testes de paternidade

Existem três procedimentos utilizados para se obter uma amostra a partir da boca dos intervenientes no exame de ADN, estes são:

1. Procedimento secos: Requer a inserção de «cotonetes» zaragatoas, que raspam o tecido do interior das bochechas. Este é o método mais usado para os testes de paternidade.

2. Procedimento húmido: Geralmente envolve um líquido que tem que colocar na boca um líquido, sem engolir, bochechar o líquido e cuspir para um dispositivo de colheita. Durante este processo, as bactérias também podem ser libertadas na sua amostra.

Este método pode ser usado para alguns exames médicos, contudo, não pode ser usado para o teste de paternidade, visto que uma criança (bebé), não consegue cuspir o líquido.

3. Procedimento não invasivo: Após alguma preparação, cospe para um dispositivo que tem uma solução para eliminar as bactérias e ajudar a preservar a integridade da sua amostra.

Este é o tipo de amostra necessária para alguns testes de ancestralidade, contudo, não pode ser usado para o teste de paternidade, visto que uma criança (bebé), não consegue cuspir para dentro do recipiente onde se encontra a solução para preservar a amostra.

IMPORTANTE: As pessoas frequentemente confundem colheita de ADN através das células da bochecha e colheita de ADN via cuspir, estes não são processos iguais e têm finalidades diferentes.

Se estiver a fazer um teste de paternidade não cuspa nos cotonetes.

Siga as instruções no kit de colheita de ADN e certifique-se que esfrega vigorosamente apenas o interior das bochechas.

Esfregar as gengivas pode resultar numa colheita com excesso de saliva ou com demasiadas bactérias.

Se os cotonetes parecerem muito húmidos para colocar nos envelopes de colheita de papel, os seus instintos provavelmente estarão corretos.

Sacuda vigorosamente no ar as zaragatoas, durante 30 segundos para que o excesso de saliva seja removido, antes de o colocar nos envelopes de transporte.

 

Vantagens e desvantagens em utilizar saliva para o teste de ADN.

Como todas as amostras existem vantagens e desvantagens na opção dos diferentes métodos para colheita de ADN, destacamos as mais importantes.

Vantagens em utilizar amostra de saliva

  • Nenhuma agulha é usada e nenhuma punção da pele é necessária;
  • É um procedimento rápido, não invasivo, sem dor envolvida;
  • O ADN colhido é bom quando armazenado adequadamente;
  • Os cientistas preferem o processo de extração mais fácil do ponto de vista do teste;
  • Os pacientes geralmente estão mais relaxados e menos preocupados sobre o processo de colheita de ADN;
  • É relativamente fácil fazer a colheita. Uma pessoa que não seja formada na área da saúde consegue fazer sem o risco de contaminar/ alterar a amostra.

 

Desvantagens em utilizar amostra de saliva

  • As bactérias podem atacar as células contendo ADN se não forem secas e armazenadas adequadamente;
  • Como as células não são visíveis, não há como verificar visualmente se o ADN está presente;

 

Amostra de sangue para testes de ADN e testes de paternidade

O processo de colheita de sangue funciona basicamente da mesma forma que as zaragatoas, mas não é tão fácil: uma agulha é inserida para extrair o sangue (utilizando um tubo de vácuo EDTA 3ml com anticoagulante).

Algumas pessoas têm «bastante medo» de agulhas, então existe sempre uma apreensão inicial na altura da colheita das amostras.

Embora a maioria dos testes realizados requer apenas uma amostra com um esfreganço da bochecha, há alguns casos em que uma amostra de sangue é mesmo necessária.

No caso do teste de paternidade pré-natal não invasivo, em que a amostra de ADN do bebé tem que ser obtida do sangue da mãe.

Um teste de paternidade durante a gravidez entre um suposto pai e um feto pode ser realizado a qualquer momento após a 8ª semana de gestação. Para este teste, o ADN do suposto pai é colhido por meio de uma zaragatoa, mas a mãe obrigatoriamente tem que utilizar uma colheita de sangue. O ADN fetal está presente na corrente sanguínea da mãe.

Testes de ADN a recém-nascidos: Nos hospitais, normalmente, picam o calcanhar de um bebé e fazem a colheita de uma amostra de sangue para fins de triagem genética do recém-nascidos.

 

Vantagens e desvantagens em utilizar uma amostra de sangue

Apesar do sangue ser uma boa amostra de referência para a execução do exame, outros fatores por vezes não relacionados diretamente com a amostra em si, pode tornar-se uma desvantagem em todo o processo.

Vantagens em utilizar amostra de sangue

  • Colher sangue em tubos apropriados minimiza a probabilidade de contaminação
  • As amostras de sangue são visíveis

Desvantagens em utilizar amostra de sangue

  • Se uma pessoa teve uma transfusão de sangue, os resultados podem mostrar dois perfis de ADN separados.
  • Agulhas perfuram a pele – os pacientes sentirão dor
  • Podem ser necessárias várias tentativas para inserir a agulha em veias de sangue em menores
  • Os gritos e choro das crianças para obter uma amostra de sangue
  • Amostras de sangue são rápidas de colher, embora não tão rápidas quanto amostras da boca

 

Algumas conclusões que deve ter em atenção quando escolhe a amostra para a realização do teste de paternidade.

 

Recolha de uma amostra de sangue para um teste de paternidade.

O sangue contém glóbulos brancos, leucócitos que são perfeitos para um teste de ADN.

Uma vez que há muitos glóbulos brancos numa amostra de sangue, o sangue tem uma alta taxa de sucesso para a conclusão de um teste de ADN de paternidade.

No entanto, tem muitas desvantagens. Terá de marcar uma consulta com um médico ou enfermeiro e também terá de pagar esse custo.

Além disso, a punção venosa é um procedimento invasivo e muitas pessoas ficam muito desconfortáveis com a colheita de sangue e, na pior das hipóteses, podem considerá-la um sério obstáculo à execução do exame.

Muitas crianças ficam petrificadas com as agulhas e podem, com as suas lágrimas e acessos de raiva, impedir que a colheita de ADN prossiga.

 

Recolha de amostra de saliva para um teste de paternidade.

A saliva não contém ADN em si. A saliva consiste em 98% de água e o restante são enzimas e eletrólitos. As enzimas não contêm ADN e são simplesmente proteínas com estruturas e funções específicas.

Quando procura realizar um teste de paternidade, a amostra de ADN mais utilizada é uma amostra de ADN de saliva usando zaragatoas para a colheita.

Quando utiliza uma zaragatoa e esfrega o interior da boca, é claro que está a colher muita saliva. No entanto, quando esfrega as zaragatoas «cotonetes» na parte interna das bochechas e sob a língua, colhe células, pois o atrito causado pela fricção faz com que milhares de células se desprendam e se acumulem no cotonete.

O ADN colhido desta forma é absolutamente indolor para os participantes no exame e a taxa de sucesso é extremamente alta. Pode consultar a nossa página onde é explicado o procedimento de colheita de amostras com uma zaragatoa bucal.

 

Conclusões

Ambos as colheitas de ADN têm as suas vantagens e desvantagens.

No entanto, o que precisa mesmo é de obter um teste de paternidade altamente confiável.

Uma amostra de ADN da sua boca é tão precisa quanto uma amostra de sangue.

Tenha em atenção que, se optar pela realização do teste de paternidade num ponto de colheita de ADN a colheita será realizada da mesma forma, através de células da boca «saliva», portanto, um esfreganço na cavidade bucal.

Por fim, para a realização de um teste de paternidade já não há razão para usar o sangue como amostra primária, quando se pode facilmente optar por uma amostra de ADN de saliva que definitivamente concluirá o seu teste de paternidade de forma rápida, fiável e sem provocar qualquer tipo de dor.

Atenção: Consulte sempre fontes independentes. Se detetar algum erro ou alguma imprecisão no decorrer da leitura, por favor envie-nos um email para info@codigoadn.pt, com o relato.

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